GLICAÇÃO: EXCESSO DE AÇÚCAR E CARBOIDRATOS NA DIETA PODE ENVELHECER E AUMENTAR DISFUNÇÕES DE PELE

GLICAÇÃO: EXCESSO DE AÇÚCAR E CARBOIDRATOS NA DIETA PODE ENVELHECER E AUMENTAR DISFUNÇÕES DE PELE

ENTENDA O QUE OCORRE E COMO OS DERMACOSMÉTICOS E NUTRACÊUTICOS PODEM REVERTER ESSA AÇÃO DELETÉRIA DO AÇÚCAR NA PELE

Por Holding Comunicações | Ludmila Bonelli

 

Acredite, nossa alimentação interfere diretamente no estado da pele. Nesse sentido, um dos principais vilões é o açúcar (e os carboidratos), de forma que seu consumo excessivo desencadeia um processo conhecido como glicação. “A glicação é um dos maiores vilões da nossa pele. Ela é uma alteração na nossa pele influenciada pelo excesso do açúcar. Esse processo significa o açúcar destruindo, endurecendo e mudando a estrutura do colágeno dentro da nossa pele. Essa reação pode aumentar acne, rosácea, estimular oleosidade, piorar o aparecimento de rugas, flacidez, manchas e envelhecimento, aumentar as estrias e celulites. A glicação envolve a pele do corpo todo, as alterações aparecem tanto no rosto quanto no corpo”, explica Ludmila Bonelli, cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle.

Colágeno

Segundo Ludmila, o colágeno é uma estrutura firme, organizada e que mantém nossa pele bem estruturada. “Esse colágeno novo, firme, consegue sustentar a nossa pele de forma muito funcional. Ele também sustenta a molécula de água em torno dele todinho, o que deixa a pele hidratada, mais firme, menos flácida. Se eu tenho mais firmeza, eu terei menos estrias, menos rugas, menos flacidez”, explica a especialista. “Quando o açúcar endurece esse colágeno, ele perde a sua funcionalidade de mobilidade, de sustentação. Ela vai ficar mais dura e vai despencar, porque esse colágeno perdeu a sua mobilidade. A pele fica mais desidratada também. Dessa forma, surgem as rugas, a flacidez e até as estrias, uma vez que esse colágeno rompe com mais facilidade, formando essas ‘marcas’”, destaca.

A especialista em dermatocosmética explica que essa alteração é uma agressão à pele de uma forma oxidativa, estrutural e inflamatória.  “Isso aumenta o número de disfunções na pele. A glicação, ação do açúcar modificando e endurecendo a estrutura do colágeno, gera um desconforto ao melanócito internamente na derme, deixando-o tão desconfortável que ele produz ainda mais melanina. Então, uma pele glicada faz com que a melanina seja ainda mais liberada produzindo as manchas, de uma forma muito mais nociva que a própria agressão solar”, diz Ludmila. Essa ação deletéria do açúcar na pele passa a ser o grande vilão quando o assunto é mancha ou melasma. O componente inflamatório do açúcar na pele é o grande responsável, também, pela irritação da pele com rosácea.

Cuidar da alimentação é um passo importante. 

“Não é só o doce. Mas o açúcar também está em outros alimentos como os carboidratos. A glicação tem uma relação 100% com ingestão de açúcar, independentemente da idade. Ela pode acontecer no homem, na mulher, em pessoas mais jovens e também com mais idade, e até mesmo em pessoas mais magras, mas que ingerem muito açúcar”, diz.

Dermocosméticos

Mas, o mais importante para reverter o processo é o uso de dermocosméticos e nutracêuticos com ação antiglicante, aliada à mudança alimentar. “Nos cremes, temos que procurar ativos antiglicantes que tenham uma permeação profunda na pele, atingindo o colágeno. Porque é ele, lá dentro da pele, que glica. Então precisa ter um permeador no dermocosmético, que consiga chegar no colágeno e fazer essa desglicação”, explica a especialista.

Como essa inflamação causada pelo açúcar também causa estresse oxidativo, com aumento da produção de radicais livres, os antioxidantes também são necessários. “Ao usar um dermocosmético com ação antioxidante e antiglicante, é possível tratar a funcionalidade da pele, reforçando sua estrutura interna para a proteção do colágeno. Dessa forma, você pode evitar tratamentos agressivos e optar por tratamentos reconstrutores da pele com tecnologias cosméticas focadas na antiglicação, antioxidação e regeneração dos tecidos”, destaca. “Com relação aos nutracêuticos, o peptídeo da carcinina pode ser usado para atuar como antioxidante, antiglicante e desglicante. Ele possui a capacidade de bloquear o açúcar excedente, impedindo que se liguem às proteínas ao colágeno. Ele também desliga o açúcar que se ligou ao colágeno revertendo o processo. Dessa forma, devolvemos as proteínas as suas características iniciais e funcionais”, finaliza Ludmila.

Gostou? Compartilhe: