MEU FILHO MUITO AGITADO, É HIPERATIVIDADE?

Vânia Silvério

MEU FILHO MUITO AGITADO,  É HIPERATIVIDADE?

É muito comum ouvirmos falar sobre a  hiperatividade nas crianças, mas, ser uma criança hiperativa é bem diferente de ser uma criança ativa.
 

A hiperatividade, ou TDAH como é chamado o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, exige maior atenção e acompanhamento por parte dos pais e possivelmente de uma equipe multidisciplinar, de médicos e profissionais ligados a educação. O psicopedagogo poderá intervir com ação pedagógica e agir na melhora do desempenho escolar, que fica bastante prejudicado pelos fortes sintomas de:
 

  • impulsividade e inquietude corporal, não conseguindo se manter parado;
  • desatenção frequente nas atividades que exigem esforço mental;
  • impaciência;
  • dificuldade na organização de materiais, perda de objetos, dentre outros.

 

Por sua vez, a criança ativa pode também apresentar esses mesmos sintomas, momento esse onde pode ocorrer a generalização do comportamento, de forma equivocada. A criança mais ativa pode também apresentar dificuldades de aprendizagem, e requerer auxílio e intervenção pedagógica, de forma pontual, para aquele caso, e não de forma comum, como se todas as crianças fossem iguais, “hiperativas”.

O trabalho psicopedagógico, visa contribuir no ensino-aprendizagem tanto nas dificuldades de aprendizagem como nos diversos transtornos e distúrbios, respeitando as diferenças e peculiaridades da criança, buscando integrar intelectualmente o indivíduo no meio em que vive, de forma lúdica e prazerosa, através de jogos, brincadeiras, situações onde se possa concretizar o pensamento através da ação, do objeto concreto, possibilitando estabelecer relação e interação social.

“A criança precisa brincar para crescer e ampliar o potencial intelectual, essa é a forma que ela encontra para realizar o processo de equilíbrio com o mundo, maneira de assimilar, transformar o meio para que este se adapte às suas necessidades, e de acomodar, mudar a si mesma para adaptar-se ao meio”. Muniz, p.96, 2012
 

 

Muniz, Iana. A neurociência e as emoções do ato de aprender: / i. – Itabuna: Via Litterarum, 2012. 164p.

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