TORCICOLO CONGÊNITO

Ariane Venceslau

TORCICOLO CONGÊNITO

Ao observar esses sinais deve-se procurar o médico pediatra e ou ortopedista para avaliar e buscar um diagnóstico preciso.

É comum observarmos alguns bebês, nos primeiros meses de vida, com a cabecinha inclinada somente para um lado e o queixo para o outro lado. Isso é denominado como torcicolo congênito. 

E o que seria torcicolo congênito?
É uma anomalia congênita ortopédica, onde ocorre contratura ou encurtamento do músculo esternocleidomastoideo, de um lado do pescoço.

Quais seriam as causas? 
São consideradas como possíveis causas a hereditariedade; o mau posicionamento do bebê dentro do útero; uma lesão causada durante o parto; ou, interrupção do fluxo sanguíneo no músculo esternocleidomastoideo.

Pode ocorrer, geralmente, na primeira gestação da mulher, com a probabilidade de ocorrer em um a cada 250 nascimentos. Devido ao maior perímetro cefálico é mais comum de acometer os meninos. Quando presente a patologia a cabeça do bebê fica levemente inclinada para um dos lados, e ou apresenta dificuldades para girar a cabeça, seguindo um objeto, por exemplo. Pode ainda apresentar dificuldade na amamentação. Ao observar esses sinais deve-se procurar o médico pediatra e ou ortopedista para avaliar e buscar um diagnóstico preciso.

Como é feito o tratamento? 
O tratamento é basicamente fisioterapêutico. Somente em casos graves precede-se de tratamento cirúrgico. Em 90% a 100% dos casos a fisioterapia se mostra eficaz. Essa deve ocorrer impreterivelmente no primeiro ano de vida, evitando assim o desenvolvimento de uma escoliose, de assimetrias do crânio e ou face e de demais movimentos compensatórios, que afetam o desenvolvimento motor. O tratamento consiste em alongamentos, liberação musculoesquelética, estimulação e orientação aos cuidadores – o que potencializa e da continuidade no tratamento. 

Podemos colocar o bebê deitado no berço de maneira que ele tenha que virar o pescoço para o lado afetado para ver os pais. Podemos colocá-lo em decúbito lateral, promovendo mais alinhamento. A mamãe deve amamentar no peito que force o bebê a girar o pescoço. Pode-se utilizar ainda de objetos e brinquedos luminosos, com ruído, posicionados na linha dos olhos e aos poucos movê-los para o lado, estimulando que vire o pescoço. O decúbito ventral também alinha e fortalece. 

A "papinha" deve ser oferecida de forma que a criança olhe na direção do lado afetado, e, ao carregar o bebê no colo segurar sempre de maneira que permita que a criança vire também para o lado afetado.

Estas dicas básicas são importantes de serem seguidas, mas, é muito importante o acompanhamento ortopédico com tratamento fisioterapêutico, a fim de evitar futuras complicações por contraturas difíceis de serem revertidas.

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