QUAIS EXAMES DE IMAGEM AJUDAM A RASTREAR O CÂNCER DE MAMA?

QUAIS EXAMES DE IMAGEM AJUDAM A RASTREAR O CÂNCER DE MAMA?

ESPECIALISTA EXPLICA AS DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE EXAMES E QUANDO ELES SÃO INDICADOS

Por Ideal H+K | Dasa

 

A descoberta do câncer de mama ainda em estágio inicial é o principal fator para o desfecho clínico positivo. Se diagnosticado de forma precoce, as chances de cura podem chegar a 95%. No entanto, por conta da pandemia, mais de 2,8 milhões exames voltados para a detecção do câncer de mama deixaram de ser realizados nos últimos 12 meses na rede Dasa.

O câncer de mama é o mais prevalente entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) calcula que mais de 66 mil casos novos da doença devem ser diagnosticados em 2021.

A médica especialista em radiologia mamária do Laboratório CDPI e da Alta Excelência Diagnóstica, da rede Dasa, Fernanda Philadelpho, preparou uma lista com os quatro exames mais eficazes para rastrear e diagnosticar o câncer de mama de acordo com as particularidades de cada caso.

Mamografia

A mamografia é o exame mais indicado para rastrear tumores nas mamas. O equipamento utiliza raios-x e a compressão das mamas para obter as imagens. Mulheres a partir de 40 anos precisam fazer a mamografia uma vez por ano. No entanto, há casos que, mesmo antes dos 40, a mamografia já é necessária na rotina de exames

"Quem tem histórico familiar de câncer de mama precisa ficar mais atento, já que os estudos mostram que pode haver uma probabilidade maior de desenvolver a doença", lembra Dra. Philadelpho. "Nesse caso, dependendo do grau de parentesco com a familiar que teve o câncer, o médico pode solicitar a mamografia antes da idade recomendada", destaca.

Tomossíntese

Uma outra forma para detectar um possível câncer de mama é a tomossíntese ou a chamada mamografia 3D. O exame funciona parecido com a mamografia, mas obtém imagens das mamas em cortes. Isso permite que o médico consiga visualizar com mais clareza alterações sutis, antes imperceptíveis na mamografia, sobretudo pela alta densidade da glândula mamária.

"Por ter um custo maior e também não estar ainda no rol de procedimentos cobertos pelos planos de saúde, a tomossíntese acaba sendo menos solicitada, mesmo estando indicada para o rastreio de rotina como a mamografia", ressalta Dra. Philadelpho.

Ultrassonografia

Indicada de rotina para pacientes que tenham mamas densas - quando há maior incidência da glândula mamária - a ultrassonografia também pode ajudar no diagnóstico do câncer de mama.

O exame utiliza um equipamento que emite som em alta frequência que, quando colocado sobre a pele, reproduz a imagem em tempo real do interior da mama em uma tela. Nesse tipo de exame, o médico consegue identificar alterações como cistos e nódulos, seu tamanho e forma.

Ressonância Magnética

A ressonância magnética é outro exame de imagem que pode ser solicitado pelo médico quando no rastreio do câncer de mama. Nela, a paciente se deita de bruços com as mamas em um suporte e é encaminhada para dentro de um tubo. O tubo tem em seu interior imãs que criam um campo magnético ao redor da pessoa e, por meio de pulsos de radiofrequência, interage com os tecidos para criar a imagem. O processo é indolor e tem duração entre 20 a 30 minuto.

O rastreio é indicado apenas para pacientes com alto risco para desenvolvimento do câncer de mama, seja pela história familiar, mutações genéticas, etc. Nos casos em que já há o diagnóstico de câncer, a ressonância é fundamental na avaliação da extensão da lesão.

A especialista ainda alerta que, apesar do medo de contaminação pela Covid-19, o impacto desse intervalo no cuidado é grande. A flexibilização do isolamento social traz agora a oportunidade de se retomar o autocuidado e colocar a saúde como prioridade, de forma integral. "Por isso, é tão importante manter os exames em dia", completa Fernanda Philadelpho.

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