EM BUSCA DA AUTOESTIMA

Ana Paula Banov

EM BUSCA DA AUTOESTIMA

Tenho visto uma discussão crescente em torno do tema autoestima. Por mais que falemos bastante do assunto, parece que não sabemos muito bem como isso funciona, ou o que realmente é.

Para começar, podemos definir autoestima como a maneira como cada um se gosta e a forma como enxerga a si mesmo. E é aqui que a confusão começa... Muitas vezes criamos uma falsa imagem para os outros a fim de nos protegermos. Fingimos uma segurança que na verdade não existe, mostrando que somos “bem resolvidos”. Ou seja, ficamos preocupados em parecer ser e não em realmente ser, nos deixando dominar pela insegurança e pela necessidade de aceitação do outro. 

Mas a confusão não para por aí. Quando pensamos no assunto, compramos a ideia de que a autoestima ideal seja a elevada. Se ficarmos o tempo todo com a autoestima alta, caímos na armadilha do orgulho, da prepotência, da presunção, da vaidade, ou seja, vamos nos achar simplesmente o máximo, melhores que os outros, acreditando que as nossas opiniões são verdades absolutas. Pessoas com este tipo de comportamento são egocêntricas, acreditam que todos estão ali para satisfazer suas necessidades, dirigem-se apenas àquilo que as interessa, não se importando com o outro. 

Por outro lado, vem a turma do extremo oposto, aqueles que se vitimizam diante das situações, muitas vezes com o discurso de humildade, mas que mantem a autoestima baixa. Sofrem e fazem os outros sofrerem, uma vez que necessitam de atenção excessiva, magoam-se mais facilmente e esperam dos outros a segurança física e psicológica de que necessitam, sem dar algo em troca. 

Mas, e agora? Precisamos ter autoestima? Como ela deve ficar? 

As respostas para estas questões devem ser: sim, precisamos de autoestima, de gostar de nós mesmos, respeitar nossas ideias e nossos valores, buscar nossa felicidade em nós mesmos, fazer o que gostamos. Mas ela deve ser estável, isso quer dizer, eu não preciso achar que sou a melhor pessoa do mundo, nem a pior. Precisamos gostar de quem somos, procurar sempre nos tornarmos pessoas melhores e, principalmente, não esperar que nossa felicidade venha dos outros. É claro que teremos momentos de euforia com autoestima elevada e momentos de tristeza com autoestima baixa, mas que estes não sejam o nosso padrão. 

Ter autoestima é quando eu tenho um olhar de amor para mim, afinal somente eu tenho a responsabilidade pela minha felicidade. E, tenha certeza, quanto maior o seu amor por você mesmo, maior sua segurança, autoconfiança e maior também a sua compreensão e amor com as pessoas e situações a sua volta.

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