Pra muitos de nós, o primeiro pensamento do dia, ainda na cama é “não dormi o suficiente”. O seguinte é “não tenho tempo suficiente”.
Esse pensamento da não suficiência vem automaticamente, sem que a gente perceba. Passamos a maior parte de nossas vidas ouvindo, explicando, reclamando ou nos preocupando com o que não temos em quantidade ou grau suficiente.
Antes de começarmos o dia já nos sentimos inadequados, já ficamos pra trás, já perdemos, já apontamos a falta de alguma coisa. E quando voltamos para a cama à noite, nossa mente lista uma série de coisas que não conseguimos ou não fizemos naquele dia, naquele mês, naquela vida!
E esse sentimento de escassez, o de nunca ser bom o suficiente, nunca ser aceito o suficiente, nunca ser amado o suficiente, nunca ter o suficiente e nunca mostrar que temos o suficiente, nos acompanha a cada dia. A escassez cresce porque estamos cada vez mais conectados com a falta.
E qual é o oposto de viver em escassez? O oposto também não é cultivar o excesso! Na verdade, excesso e escassez são dois lados da mesma moeda. O oposto favorável da escassez é o suficiente, é a plenitude, e é também a vulnerabilidade, o enfrentar a incerteza, o se expor, os riscos emocionais, sabendo que você é o bastante, e ponto.
E qual é a chave para se chegar a essa plenitude? É sempre pelo autoconhecimento! Quanto mais você se conhece, mais você se respeita e entende o que você realmente quer e o que são coisas apenas “impostas” pelos outros, pelo meio. No autoconhecimento você passa a saber, serenamente, que é sim o bastante.