PERNAS LINDAS. O QUE PODE TER DADO ERRADO NO MEU TRATAMENTO?

Luciana M. Forti

PERNAS LINDAS. O QUE PODE TER DADO ERRADO NO MEU TRATAMENTO?

A relação entre os resultados desejados, a durabilidade, e escolhas importantes.

Hoje vamos falar sobre algumas possibilidades no tratamento vascular, por exemplo: o que pode ter dado errado no meu tratamento? E já pontuamos uma dica importantíssima: a busca pelo diagnóstico mais preciso é o que pode trazer melhores resultados, sempre. 

Você pode já ter se visto nessa situação: o que deu errado no meu tratamento? 

Como voltou tão rápido se eram “apenas” vasinhos! E o nosso objetivo, com mais esse artigo, é ajudar você a participar nas decisões junto do seu médico, esclarecer os fatores envolvidos no sucesso de um tratamento vascular. A reincidência dos vasinhos pode ocorrer em alguns casos, já que os vasinhos fazem parte da doença varicosa, que é uma doença crônica e multifatorial. 

O resultado não foi como o desejado, logo após o tratamento e, aquelas varizes voltaram, no mesmo lugar, trazendo estresse e desânimo com os diversos procedimentos que você já experimentou.

Uma explicação muitíssimo possível, e que é importante que você saiba: pode existir uma veia nutridora, uma “veia mãe” por “baixo” dos vasinhos, cuja correlação não foi detectada, o que pode ter acontecido numa avaliação incompleta. 

Essas veias nutridoras muitas vezes podem não ser visíveis a olho nu, e, como em muitos casos de reincidência podem estar escondidas, sendo as verdadeiras responsáveis pelos insucessos com os variados tratamentos aos quais você se submeteu.

Daí a importância da precisão no diagnóstico adequado e na escolha do tratamento a ser realizado. Avaliar de forma completa para selecionar e planejar a melhor abordagem, as características físicas do paciente, sua fisiologia, seu cotidiano, tudo isso é muito importante no combate a esse mal, para que se possa evitar o fenômeno da recidiva.

Como o médico vai fazer essa avaliação? Dentre as possibilidades, para se visualizar as veias nutridoras temos o ultrassom doppler vascular, um exame bastante apurado para a área que se quer examinar, que pode mostrar a origem das varizes, a causa real dos vasinhos, se estão sendo alimentados pela veia mais profunda, ou ainda: a fleboscopia e/ou pela realidade aumentada. Esse passo é a parte mais importante quando se visa a durabilidade e bons resultados.

O fleboscópio é um aparelho, que auxilia na avaliação de pacientes com varizes, e facilita a localização e mapeamento das microvarizes, microvasos, as telangiectasias. Pode ser usado para o planejamento do tratamento, ou como procedimento pré-operatório, quando for o caso. 

É possível, no momento da visualização fleboscópica, filmar ou fotografar as veias nutridoras presentes, para o acompanhamento da resolução no tratamento.

Com essa abordagem diagnóstica, mesmo que a veia nutridora seja mais profunda, mas possuindo um diâmetro razoável, ainda assim um tratamento clínico ambulatorial pode responder bem – como na aplicação de glicose, por exemplo, geralmente associada ao laser transdérmico, ou na utilização de espuma de polidocanol.

Existem muitas possibilidades de produtos e substâncias, desde as mais suaves até as mais fortes, visando-se tratamentos que tragam resultados, e que sejam efetivos. Para acertar o planejamento é muito importante tratar o local correto, a origem do desconforto, sempre de dentro pra fora.

Uma perna limpa, um sonho de qualquer mulher.

Depois de realizado o “ciclo de tratamento”, entraremos pela manutenção, que pode ser com sessões mais simples e mais espaçadas. Daí sim, na manutenção, poderemos “ atacar” só os pequenos “ vasinhos” , já que a raiz do problema foi eliminada. É o “clico de manutenção” para pegar os vasinhos que podem retornar de forma esporádica, depois de anos, muito provavelmente. 

Mesmo porque, varizes não têm cura, é uma doença crônica que precisa de manutenção, precisa ser tratada com os dois ciclos e de maneira correta. 

Tanto a cirurgia de varizes, a escleroterapia, o CLaCS, (que é o tratamento para pequenas varizes, que combina o laser mais ecleroterapia e resfriamento da pele) quanto o tratamento com espuma, podem ter resultados mais duradouros quando diagnosticamos de fato as suas causas.

Uma dica bastante importante é o paciente se conscientizar da necessidade de fazer o seu tratamento com um profissional bem preparado e experiente, porque o que justifica muitos dos mitos que tratam das falhas de tratamento, é a banalização tanto das técnicas quanto das formas de tratamento, e até das doenças ou lesões em si.

O sucesso no tratamento das varizes passa pela precisão na avaliação, na área a ser tratada, nas possibilidades tecnológicas de cada consultório, que cada profissional tem ao seu dispor, dos custos envolvidos e das possibilidades financeiras dos pacientes.

 

Gostou? Compartilhe: