Todos nós temos emoções. A emoção “alegria” gera o sentimento de felicidade, a emoção “amor” gera o sentimento de cuidado, carinho, proteção. Quando a nossa alegria precisa ficar vinculada ou dependente de uma pessoa, para sermos felizes, ou quando nossos sonhos e ou desejos começam a ser idealizados em função do outro, isso pode ser sintomas de uma dependência emocional.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM, em pacientes com transtorno de personalidade dependente ocorre que “a necessidade de ser cuidado resulta na perda de sua autonomia e interesses”. Como são intensamente ansiosos sobre cuidar de si mesmos, eles se tornam excessivamente dependentes e submissos.
Ou seja, são pessoas inseguras, que necessitam de aprovação e opinião de outros a todo o momento, assim não reconhecem o quanto são limitadas em função do outro. O parceiro ou parceira pode assumir o controle da relação, dando a falsa sensação de segurança, porém o mesmo tem um poder tão grande de influenciar que deixa o outro dependente emocional, descrente de seus valores, princípios e capacidades. E dessa forma, passa a acreditar em tudo o que o outro fala, tirando assim, o seu direito de escolher e até mesmo “viver”.
Frases, como: “apenas eu te acho linda(o), “você é apenas minha(o)”, “apenas eu te entendo”, “só existe eu na sua vida”, “ninguém te acha bonita(o), a não ser eu”, “você só é assim hoje, graças a mim”, “você precisa de mim”, “eu sou o único que sabe dos seus defeitos e te ama como você é”, entre tantas outras falas, é que fazem com que o dependente emocional sinta-se “preso”, ou em dívida com o indivíduo que está ao seu lado.
O amor é lindo, sim! Mas ele fica mais lindo quando se tem a mente livre.
Nada de apego, nada de posse, afinal ninguém é de ninguém.
Todos nós temos emoções e sentimentos, todos os momentos, mas eles são nossos e ninguém tem o direito de possuí-los. Entenda, cada ser é único e dono de sua vida, ou seja, você pode e tem o poder de impor limites aos outros, mas se não consegue, reveja seus valores e busque ajuda.
Nunca é tarde para recomeçar e muito menos para se conhecer. O tratamento psicoterapêutico, nesses casos, é de extrema valia já que se precisa reaprender a enxergar, viver sem a necessidade de aprovação do outro, afinal... “pessoas realizadas são livres; pessoas apegadas são escravas de suas necessidades” (Riso).