Apesar desses achados, apenas nas últimas décadas a DTM passou a ter posição de destaque no contexto das dores craniofaciais.
A dor facial, em particular na ATM, é sintoma comum em pacientes com DTMs e tem sido referida como a razão mais importante para a procura por tratamento.
Dentre os sinais, os ruídos ainda continuam controversos, sendo que devem ser avaliados por sistemas de imagem para diagnóstico. Um estalo pode ou não ser representativo de deslocamento de disco articular, assim como uma simples crepitação pode estar relacionada a processos degenerativos. O diagnóstico no ruído é mais difícil, tem tratamento multidisciplinar, assim como em outros distúrbios, como no bruxismo - extremamente presente nos dias de hoje. Estudos mostram que a prevalência de DTMs é muito maior em mulheres do que em homens, sendo explicadas por fatores hormonais e ou psicológicos correlacionados.
Um procedimento de avaliação para essas dores incluem uma excelente anamnese, o exame clínico propriamente dito, a avaliação da ATM, da amplitude dos movimentos mandibulares, dos ruídos articulares, avaliação da musculatura, exames radiográficos e exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética.
O objetivo de um diagnóstico é identificar com precisão a origem da queixa do paciente, localizando a estrutura de onde provem a dor, para diferenciar as dores orofaciais, e, definir qual conduta terapêutica usar.
Já nas mialgias mastigatórias, dores somáticas profundas caracterizadas por fadigas, podem ocorrer a limitação na abertura de boca aguda ou crônica, dependendo do tempo e intensidade dos tais sintomas. As mialgias representam a principal causa de dor persistente na cabeça e pescoço, fazendo parte das DTMs, sendo consideradas, após a odontalgia - dor de dente - a principal causa de dor no segmento orofacial.
Importante ressaltar sobre os fatores psicossociais, que têm grau sempre elevado em pacientes com muita ansiedade.
Uma das chaves para o sucesso no controle ou cura da dor miofascial, mesmo que seja somente orofacial, é o envolver o paciente no seu tratamento, tanto caseiro, nas massagens, na aplicação de calor e frio, no uso correto dos dispositivos intraorais – as placas, na higiene do sono, na importância da mastigação correta - bilateral, no comparecer às consultas, como no sempre ter em mente que se deve tratar a patologia de forma multidisciplinar.
Nós, como cirurgiões dentistas, fazemos nossa parte, e, sempre que necessário outros profissionais da área da dor devem ser indicados, como os da acupuntura, da ortodontia, os fisioterapeutas, médicos e psicólogos, dentre outros.
Cirurgiã Dentista CRO 51.889
Ortodontista; Curso multidisciplinar de dor no HC; Acupunturista pela São Leopoldo Mandic e Membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor - SBED
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